domingo, março 23, 2008

TI radicalmente simples!

Olá, pessoal!

A frase acima é o título de um artigo publicado na edição de março da revista Harvard Business Review (o ponto de exclamação foi por minha conta). O artigo conta a experiência do banco japonês Shinsei na modernização dos seus sistemas para prestar novos serviços aos seus clientes.

Os autores David M. Upton e Bradley R. Staats falaram como o pessoal do Shinsei fez para fugir das "armadilhas" que normalmente envolvem grandes projetos de TI. Lá eles utilizaram uma abordagem conhecida como "path-based", esta abordagem foi composta pelas seguintes premissas:

  • Estratégia de negócios e TI devem ser concebidas conjuntamente: A área de TI não pode ser enxergada somente como "suporte", por isso, a idéia é que o CIO se reporte ao presidente ou diretor de operações da empresa. Desta forma, o negócio poderá utilizar todo potencial que a tecnologia da informação pode oferecer;
  • Simplicidade extrema é a meta: Trabalhar com o menor número possível de padrões é regra, assim será possível desenvolver soluções mais simples. Além disso, os componentes devem ser reutilizáveis. O pessoal do Shinsei levou isto tão a sério que "(...) 90% dos componentes da
    tecnologia do banco são utilizados em mais de um lugar.";

  • Usuários com (certo) poder: "Muitos dos problemas em grandes projetos de TI resultam da resistência organizacional (...)", por isso os autores sugerem que os novos sistemas sejam desenvolvidos e "publicados" aceitos de livre e espontânea vontade por todos. Além disso, os usuários devem ser "ouvidos" e a melhoria contínua do sistema deve fazer parte da rotina.

Agora vocês podem perguntar: "Tá, mas o que tem de extraordinário em tudo isso?". E minha resposta é: NADA!

É justamente por isso que o artigo me chamou a atenção. Conforme proposto no título, grandes problemas foram resolvidos com passos muitos simples. E o mais importante é que o problema foi resolvido, independente da solução ser simples ou complexa (lembrem-se que "o cliente quer o furo, não a furadeira!"). Já falei sobre isso nos textos Como estão nossos projetos? e Como estão nossos projetos? (Parte II).

Conclusão

A melhor solução é aquela que resolve o problema do seu cliente. Vale comentar que a palavra "resolver" deve ser interpretada no sentido amplo, a solução não pode ser somente imediata, mas sustentável.

Muito obrigado!

Um abraço,
Alessandro.

Observações:

Um comentário:

Anônimo disse...

Alessandro, parabéns pelo texto. É incrível como muitas empresas/consultores tentam parecer inteligentes mostrando soluções e um linguajar complexos.

Quanto mais simples é a solução, melhor. Soluções simples rendem menos horas de consultoria, mas levam a uma relação de confiança de longo prazo com o cliente.

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