segunda-feira, dezembro 25, 2006

Quais são os seus valores?

Olá pessoal!

Recentemente assisti um filme muito interessante: O Diabo Veste Prada.

Recomendo fortemente que vocês assistam! A recomendação não é devido a aparição de 30 segundos da Gisele Bündchen (só descobri que era ela depois), mas sim porque o filme provoca uma grande reflexão...

O filme conta a história de Andrea Sachs, jovem recém formada que vai trabalhar como assistente da terrível Miranda Priestly (editora da revista Runway, grande publicação do mundo da moda).

Aos poucos, a jovem se vê inserida no mundo da moda, coisas que ela não concordava e conflitantes frente ao que ela acreditava começam a fazer parte do seu dia a dia. Até que um dia Miranda (a mejera) diz que enxerga muito dela em Andrea, nesse momento, Andy percebe que deixou seus valores de lado por causa do emprego (realmente, ela havia se afastado das coisas que amava e valorizava).

Vou parar por aqui para não contar o filme inteiro...

Com certeza após assistí-lo você vai refletir sobre seus valores, e o que tem feito com eles ao lidar com sua carreira ou outras áreas da sua vida.

Quantas vezes você precisou fazer algo que era contra seus princípios para satisfazer a vontade de um cliente, do seu chefe ou da empresa? Quantas vezes você desrespeitou os valores dos seus funcionários somente pensando nos resultados?

Será que vale (ou valeu) a pena? Deixo a proposta de reflexão...

Fiquem a vontade para postar seus comentários, concordando ou discordando.

Muito obrigado.

Um abraço,

Alessandro.

sexta-feira, dezembro 22, 2006

A Estratégia do Oceano Azul

O Problema

Imagine a seguinte situação, em uma bela tarde de segunda-feira você recebe a informação de que o concorrente mais próximo de você (sua empresa é líder do segmento no Brasil) acaba de ser adquirido por uma multinacional líder em 17 países, e agora está embarcando no Brasil.

Seu concorrente internacional possui um processo de fabricação inovador, fazendo com que os preços dele sejam muito mais competitivos.

Você havia iniciado, uma semana antes do anúncio, um projeto para verificar gargalos no processo em busca de otimização. Embora sua organização se destaque no mercado nacional, você sabia muito bem que a otimização seria essencial para atuação no mercado internacional.

Bom... O problema é que seu projeto tem duração de 6 meses, mas com o novo concorrente surgindo você não tem todo esse tempo.

O que você faria? (Se jogar pela janela não vale...)

Hummmmm.... Que tal tentar criar um Oceano Azul?

Oceano Azul?!?!?!?!?!

No "pseudo-case" apresentado, temos a comum situação de vários "tubarões" se gladiando para conseguir os clientes de um determinado mercado. Esse é o "Oceano Vermelho", boa parte das empresas acabam traçando sua estratégia para atuar nesses mares agitados.

Que tal um pouco de calmaria? É isso que que W. Chan Kim e Renée Mauborgne propoem no livro "A Estratégia do Oceano Azul - Como criar novos mercados e tornar a concorrência irrelevante".

Mas, o que é essa tal estratégia do Oceano Azul? Para entender de uma forma bem simples vamos voltar ao exemplo:

Imagine que nas pesquisas buscando uma solução para o seu problema você identificou uma porcentagem do mercado que não é bem atendida com as soluções propostas pelas empresas atuantes (inclusive a sua).

Então você resolve focar nesse grupo, pesquisa suas necessidades e identifica que há aí um grande potencial a ser trabalhado. Nesse momento você pode estar criando um Oceano Azul, ou seja, através da inovação de valor foi criado um novo mercado onde sua empresa atuará sozinha durante
algum tempo.

Parece óbvio né? Mas o fato é que o planejamento estratégico da maior parte das empresas é focado na atuação em Oceanos Vermelhos, ou seja, são discutidas iniciativas para disputar mercado com outras várias empresas, seja diminuindo o preço ou agregando algo ao produto.

Propondo uma série de ferramentas e apresentando diversos cases muito interessantes (por exemplo, o case do Cirque du Soleil) os autores mostram que não é necessário fixar a estratégia optando por diferenciação ou liderança de custo, você pode atuar nesses dois pontos através da Inovação de Valor.

O livro é dividido em três partes:

  • Na Parte 1 os autores definem a estratégia do Oceano Azul e suas vantagens. Também são apresentadas ferramentas e modelos de análise.
  • A Parte 2 fala sobre a formulação de uma estratégia do Oceano Azul.
  • Na Parte 3 temos a "Execução" da estratégia do Oceano Azul.

Já na página 7 os autores falam sobre o impacto da criação de Oceanos Azuis. Em uma pesquisa realizada com 108 empresas eles conseguiram as seguintes informações:


Fica claro que os investimentos em Oceanos Azuis tendem a ter um impacto muito maior sobre o lucro.

Segundo os autores, existem seis princípios para a estratégia do Oceano Azul. Eles são divididos em princípios de formulação e princípios de execução:

Princípios de Formulação

  • Reconstrua as fronteiras de mercado;
  • Concentre-se no panorama geral, não nos números;
  • Vá além da demanda existente;
  • Acerte na sequência estratégica;

Princípios de Execução

  • Supere as principais barreiras organizacionais;
  • Introduza a execução na estratégia.

Como complemento a formulação da sua estratégia do Oceano Azul, me adianto sugerindo que você utilize o BSC (Balanced Scorecard). Enxergo uma sinergia muito forte entre a ferramenta de Gestão Estratégica proposta pelos professores Kaplan e Norton e a estratégia do Oceano Azul proposta por Kim e Mauborgne. Também vejo que no momento de formulação da estratégia do Oceano Azul, o exercício da Construção de Cenários é muito útil.

Nos Princípios de Execução é inevitável o link com as propostas de Charam e Bossidy feitas no livro Execução. (perceberam como tudo acaba se encaixando?)

Além dos cases citados pelos autores no livro, eu poderia citar várias empresas e pessoas (algumas brasileiras, inclusive) que se deram muito bem aplicando a inovação de valor (muitas vezes até sem saber). Dois
exemplos que posso citar é a Embraer e da cabeleireira carioca Dona Zica.

Mas aqui temos a "Síndrome da nota A" (depois que tiro o A, como posso mantê-lo?): Como ser bem sucedido aplicando a inovação de valor e atuando nos Oceanos Vermelhos? Como ter um processo que permita sempre conseguir a Inovação de Valor?

Recomendo fortemente a leitura deste livro, com certeza ele te levará a uma reflexão sobre como o Planejamento Estratégico da sua empresa é criado.

O tema é extenso... Por isso pretendo abordá-lo em outros posts (espero não demorar tanto para voltar aqui no Buteco). Minha idéia é criar posts falando sobre cada príncipio e um exclusivo para falar sobre a Inovação de Valor.

Aguardo os comentários de todos os colegas! Fiquem a vontade para postar dúvidas e sugestões também... O Buteco é de todos!!!

Muito obrigado!

Um abraço,

Alessandro.

terça-feira, agosto 15, 2006

O Buteco agora também está no Orkut!!!!

Boa noite pessoal!

Convido a todos os colegas que me dão a honra da sua visita a ingressarem na comunidade do Bate Papo de Buteco no Orkut:

http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18848806

Será ótimo conhecer e bater papo com os colegas por lá também! Conto com a visita de todos!!!

Um abraço e boa semana!

Alessandro.

quinta-feira, julho 20, 2006

Painel : Balanced Scorecard em Organizações de Pequeno e Médio Porte.

Boa noite a todos!

Na última terça-feira (18/07) participei de um evento no IBMEC São Paulo sobre o seguinte tema:

Balanced Scorecard em Organizações de Pequeno e Médio Porte.

Foi um painel que teve como debatedores:

Mário Allan Ferraz Mafra - Mestre em administração de empresas pela PUC/RJ. Diretor administrativo e financeiro da Wheaton Brasil Vidros, em SBC; ex-sócio da Maxicon Consultoria Empresarial; ex- auditor da Peat Marwick (KPMG), Arthur Andersen, Montrealbank e Grupo Veplan. Diretor vogal do IBEF – Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros – Seção SP. Membro do IBGC - Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

Nairson De Oliveira - Formado em Direito, especialista em sistemas de gestão da qualidade e gestão ambiental, com experiência no setor automobilístico, autopeças e saúde. Atua como Gestor da Qualidade do Hospital 9 de Julho.

Jorge Secaf Neto - Formação executiva na Harvard Business School (EUA), INSEAD (França), Kellogg (EUA), e Fundação Dom Cabral. Engenheiro Civil pelo Mackenzie com pós-graduação (lato sensu) em Engenharia de Produção na USP. É sócio da Setting Consultoria e atua como consultor para a implementação da GID – Gestão Integrada do Desempenho.

O moderador foi:

David Kallás - Mestre em Política de Negócios e Economia de Empresas pela FEA-USP. Atua como professor dos cursos de graduação e pós-graduação do IBMEC SÃO PAULO e é coordenador do Programa de Educação Executiva Gestão da Estratégia com Balanced ScoreCard.

Copiei o resumo do convite que recebi para que vocês conheçam os participantes.

A proposta do evento foi fantástica! Acredito que muitas outras pessoas concordaram, pois o auditório estava lotado (estimo que tinha pelo menos 200 pessoas).

O evento começou com uma apresentação do Jorge Secaf contextualizando o BSC, ele usou o famoso exemplo da cabine de um avião fazendo uma analogia bem interessante entre o plano de voô e a estratégia da organização. Ele falou durante 20 minutos.

Achei importante essa apresentação inicial, muitos participantes não conheciam Balanced Scorecard.

Na sequência tivemos a apresentação do Nairson e do Mário Mafra, cada um falou sobre as experiências de suas empresas na utilização do BSC como ferramenta de Gestão Estratégica.

Me chamou a atenção o case Hospital Nove de Julho (Nairson), só conhecia teoricamente a utilização do BSC em organizações da área da saúde. Inclusive o livro Balanced Scorecard - Ferramenta gerencial para organizações hospitalares fala sobre isso. Pela apresentação ficou evidente o grande planejamento que aconteceu até eles terem o BSC operando no H9J, o trabalho foi dividido em 5 etapas, desde o diagnóstico da estratégia até o monitoramento do BSC em operação.

O case da Wheaton também foi interessante devido a abordagem utilizada por eles na implementação. Eles criaram dois mapas estratégicos: Um para a corporação e outro para a linha de negócio doméstica.

A única coisa que acredito ter faltado no evento foi a apresentação do case de alguma empresa pequena e média... (Opa!!! Esse não era o foco do evento?!?!) Digo isso porque não considero que as duas empresas citadas são de tamanho "médio" (muito menos "pequeno"), a Wheaton fatura algo em torno de 300 milhões por ano e o H9J tem mais de 1000 funcionários.

Também achei que o tempo dado ao painel foi pequeno; (infelizmente) muitas pessoas foram embora na hora do painel.

Bom.. Agora vamos às perguntas feitas (creio que consegui tomar nota de todas) no painel! Vou colocar como eu responderia cada uma delas, espero que vocês não se incomodem (peço desculpas aos colegas pelo atrevimento, mas sabem como é, aqui no buteco todos acabam participando =)):


  1. No contexto de PME, BSC ajuda ou atrapalha?
    • Se a "lição de casa" for feita direitinho, ou seja, se os passos sugeridos por Kaplan e Norton forem seguidos, a organização, independente do tamanho, tem grandes chances de ser bem sucedida na implantação do BSC. Eu diria até que em organizações menores é mais fácil disseminar a nova cultura, pois os colaboradores estão muito próximos da alta direção.

  2. Aumentou o headcount?
    • Aumentar ou não o headcount está diretamente ligado ao planejamento. "Quer o BSC funcionando 'rapidinho'? Então tem que ter alguém full time." É nesse momento que pode ser analisada a criação de um OSM. Mas isso não é obrigatório, você pode ter um período mais longo de projeto e envolver pessoas chave dentro de cada área (Ahhhhhh... Mas o envolvimento das pessoas chave também precisa acontecer se você tiver uma equipe full time no projeto!!!! É que nesse caso elas vão ter mais responsabilidades no projeto.).

  3. Como envolver toda organização?

    • C O M U N I C A Ç Ã O!!!!!!!!!!!!!!!! Sem mais comentários. ;-) Brincadeiras a parte, a comunicação é "simplesmente fundamental" para um projeto de Gestão Estratégica ser bem sucedido (e porque não para qualquer projeto?). Portanto, desenvolva um bom plano de comunicação antes de partir para a execução do projeto!

  4. Como fazer as pessoas acumularem tarefas?
    • Entendo que incentivos são fundamentais para que se tenha as pessoas acumulando tarefas do projeto de implantação do BSC, mesmo que esse incentivo fique restrito ao aprendizado. Nesse caso a empresa vai ter que lidar com o risco de perder membros da equipe durante e principalmente depois do projeto. Os palestrantes falaram sobre "realocação" de atividades, ou seja, distribuir melhor as tarefas para que o colaborador tenha disponibilidade para se dedicar ao projeto; concordo com isso, mas ainda assim acredito que incentivos são muito importantes.

  5. Modelos de qualidade conflitam com BSC?
    • Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. Brincadeiras a parte (denovo =P), entendo que um projeto de adequação a um modelo de qualidade pode ser saída de algum dos objetivos estratégicos do BSC da empresa (talvez algum ligado ao pilar "Processos Internos"). Não podemos esquecer que o BSC contempla todas as ações da organização para que a missão e visão sejam atendidas.

  6. Como tratar o dimensionamento dos indicadores?
    • Essa eu não sei responder... Por isso vou replicar a resposta do José Secaf: Não associar os indicadores a metas absolutas, mas a metas relativas (por exemplo: Quero crescer 5% a mais que meu principal concorrente.). Um dos cuidados que devem ser tomados nesse tipo de abordagem é que as informações que você tem sobre seu concorrente podem estar desatualizadas.

Bom pessoal, acredito que é isso. Fiquem a vontade para deixar seus comentários (concordando ou discordando de algo que escrevi), seria muito legal ouvir a opinião de outros colegas que participaram desse evento.

Muito obrigado.

Um abraço,

Alessandro.

terça-feira, junho 27, 2006

EXECUÇÃO - "A Disciplina Para Atingir Resultados!"


Recentemente conclui a leitura do livro "EXECUÇÃO", com certeza o melhor livro de negócios que li nesse ano (até o momento).

Os autores (Larry Bossidy e Ram Charam) conseguiram montar um livro completo, prático, objetivo e de leitura agradável. O livro tem 261 páginas e diversos estudos de caso!

Na primeira leitura você poderá achar que o livro se aplica somente a CEOs, mas na realidade boa parte da mensagem do livro ("a importância da execução") pode ser aplicada a todos nós.

Qual a importância que você dá para a execução?

Pois é... A resposta parece óbvia não é mesmo? Mas o fato é que a importância que damos a execução é a mesma dada a qualquer outro processo tático, quando ela deveria ser tratada como item fundamental para que a estratégia seja bem sucedida!

Na introdução do livro os autores citam o seguinte sobre execução:

"[Execução] é um conjunto específico de comportamentos e técnicas que as empresas precisam dominar para terem vantagem competitiva. É uma disciplina por si só!" (página 17)

Mais a frente, na página 31, eles concluem com três pontos que precisamos ter em mente:

  • Execução é uma disciplina e parte integrante da estratégia;
  • Execução é a principal tarefa do líder da empresa;
  • Execução deve ser um elemento chave da cultura de uma empresa.

Achei fantástico os casos que eles apresentam para análise! São histórias de líderes e empresas que tiveram sucesso (ou não) na execução (geralmente a identidade daqueles que se deram mal é mantida em sigilo).

O livro é dividido em três partes:

  1. Porque é necessário saber executar?
  2. Os elementos da execução.
  3. Os três processos chaves da execução.

"Navegando" pelas 3 partes é possível:

  • Entender a importância da execução na estratégia;
  • Como ser, identificar e contratar um líder executor1;
  • Aprender montar e revisar um plano estratégico focado na execução;
  • Unir pessoas, estratégias e operações, os processos chaves da execução.

Como vocês devem ter percebido, o livro passa por todo processo de uma organização que executa.

Recomendo que vocês leiam esse livro, indepentemente do papel exercido dentro de uma organização (ou do seu salário). Garanto que você vai questionar (e porque não repensar?) a importância dada a EXECUÇÃO.

Fiquem a vontade para postar seus comentários (a favor ou contra minha opinião)!

Muito obrigado pela atenção!

Um abraço,

Alessandro.

Notas:

1 - Quando o livro fala em "EXECUÇÃO", não se refere a "pôr a mão na massa", mas em conseguir colocar em prática o que foi planejado (entre nós: dificuldade comum hoje em dia).

domingo, junho 18, 2006

Porque não gosto da Copa do Mundo?

Na realidade até gosto da Copa, é uma festa muito bonita. Depois das Olímpiadas, acho que a Copa do Mundo é a "festa mundial" mais bacana.

Mas o que não gosto e nem concordo é que o Brasil literalmente para por causa dos jogos. Ligo a televisão para ver as notícias e só ouço falar da Copa: É o fulano que está indisposto para o jogo, é beltrano que ficou com tontura. FAÇA-ME O FAVOR!!!!!

O mundo e muito menos o Brasil para por causa dos jogos, as coisas continuam acontecendo. Recomendo a leitura da edição 397 da revista Carta Capital:

O BRASIL SÓ PENSA NISSO
Violência urbana desenfreada, desigualdade social galopante, crescimento econômico insuficiente, eleioção presidencial à vista... Agora, nada disso importa no país da bola

Esse clima todo me lembra muito a letra da música dos Mutantes, Panis et Circencis:

Panis et Circences
Gilberto Gil
Composição: Indisponível


Eu quis cantar, minha canção iluminada de sol
Soltei os panos sobre os mastros no ar
Soltei os tigres e os leões nos quintais
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer


Mandei fazer de puro aço luminoso punhal
Para matar o meu amor e matei
As 5 horas na Avenida Central
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer


Mandei plantar, folhas de sonho no jardim de solar
As folhas sabem procurar pelo sol
E as raizes procurar, procurar
Mas as pessoas na sala de jantar
Essas pessoas na sala de jantar
São as pessoas na sala de jantar
Mas as pessoas na sala de jantar
São ocupadas em nascer e morrer


(Para bom entendedor uma letra de música basta... ;-))

É isso aí pessoal! Vamos acompanhar a selação na Alemanha, mas não vale deixar a realidade de lado!

Fiquem a vontade para postar seus comentários (a favor ou contra minha humilde opinião).

Um abraço,
Alessandro.

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Em tempo: Panis et Circencis, ou Pão e Circo, era a política que o império Romano usava para controlar o povo.

O trecho abaixo foi removido do site http://www.suapesquisa.com/imperioromano/

Pão e Circo
Com o crescimento urbano vieram também os problemas sociais para Roma. A escravidão gerou muito desemprego na zona rural, pois muitos camponeses perderam seus empregos. Esta massa de desempregados migrou para as cidades romanas em busca de empregos e melhores condições de vida. Receoso de que pudesse acontecer alguma revolta de desempregados, o imperador criou a política do Pão e Circo. Esta consistia em oferecer aos romanos alimentação e diversão. Quase todos os dias ocorriam lutas de gladiadores nos estádios (o mais famoso foi o Coliseu de Roma), onde eram distribuídos alimentos. Desta forma, a população carente acabava esquecendo os problemas da vida, diminuindo as chances de revolta.

Porque Bate Papo de Buteco ou Conversa de Buteco?

Boa noite pessoal!

Porque meu blog se chama Bate Papo ou Conversa de Buteco (vejam que é bUteco e não bOteco)?!?!?!

Acredito que vale uma explicação para não gerar "entendimentos desentendidos".

Para entender o todo, vamos começar pelo significado das palavras:

CONVERSA: Pesquisei no Houaiss e ele trouxe 6 significados para a palavra "conversa", vou postar
aqui a que mais se aplica a expressão "Conversa de Buteco":

"troca de palavras, de idéias entre duas ou mais pessoas sobre assunto vago ou específico; colóquio, conversação" - fonte: http://houaiss.uol.com.br

BOTECO: "pequena venda tosca onde servem bebidas, algum tira-gosto, fumo, cigarros, balas,
alguns artigos de primeira necessidade etc. geralmente situada na periferia das cidades ou à beira de estradas; birosca" - fonte:
http://houaiss.uol.com.br

"CONVERSA DE BOTECO": O que se conversa em boteco? Simplesmente de tudo! A galera vai
ao boteco para afogar as mágoas de um amor perdido até para discutir política.
É lá que você encontra os melhores técnicos de futebol, os políticos mais honestos e por aí vai. Quantas vezes na minha infância fui ao boteco que tem perto da minha casa para comprar um doce*
e via a galera tomando uma dose de Cynar ou um rabo de galo e discutindo a escalação da seleção da Copa do Mundo de 1994, ou então fazendo cálculos de conversão do Cruzeiro para URV (Unidade Real de Valor - quem se lembra? desenterrei essa... hehehehe).

BUTECO: Segundo o "Vocabulário Alessandrino"*, Buteco pode ser interpretado como qualquer lugar onde duas ou mais pessoas se reúnem para discutir qualquer tipo de assunto. Entenda QUALQUER TIPO DE ASSUNTO como QUALQUER TIPO DE ASSUNTO, ou seja, desde "Porque o céu é azul?"* até "Quais as chances do Brasil de ganhar a próxima copa do mundo?". Entenda QUALQUER LUGAR como QUALQUER LUGAR, ou seja, desde o banco da praça até um restaurante.

"CONVERSA DE BUTECO": Qualquer tipo de assunto discutido em qualquer lugar.

Quem me conhece sabe que gosto de variar nos temas. Isso pode ser observando nas revistas
que eu leio:


(Tem outras que não leio todos os meses, portanto não irei citá-las.)

Resumindo: Estabeleço uma real "Conversa de Buteco" por aqui, onde o BUTECO é o meu espaço aqui no BLOG. Portanto, sejam bem vindos! Podem pedir a dose de qualquer coisa e a porção de mortadela com limão e entrem na conversa!

Um abraço,

Alessandro.

Observações:

doce - Na minha infância uma das alegrias da molecada era ter 10 centavos para comprar doce nos bares do bairro. Entre as opções de "doce" que tínhamos estavam pé de moleque, doce de amendoim, maria mole, doce de leite e por aí vai.

"Vocabulário Alessandrino" - Vocabulário do Alessandro... Hahahahahaha... Como tenho o hábito de criar palavras ás vezes, resolvi criar o vocabulário alessandrino =P Duas palavras que fazem parte dele são "buteco" e "joselíptico".

"Porque o céu é azul?" - O Sol emite luz branca, composta de todas as cores visíveis em um arco-íris. A luz ao atravessar a atmosfera terrestre, colide com as moléculas de ar, podendo ser dispersada ou absorvida.

Embora as taxas de dispersão e absorção dependam de fatores como a umidade do ar, quantidade
e tipo de partículas suspensas, entre outros (é por isso que o céu nem sempre é azul), podemos dizer que de modo geral o Céu é Azul porque:

  • A dispersão ocorre com muito mais intensidade para as ondas luminosas de freqüências altas, como o azul e o violeta. Desta forma, quase toda a luz de cor azul é espalhada ao redor do céu em todas as direções.
  • As ondas luminosas de baixas freqüências, como o vermelho e o laranja, quase não sofrem dispersão ao atravessar a atmosfera, portanto atingem em maior quantidade a superfície da Terra.

(fonte: http://www.vestibular1.com.br/duvidas/duvidas_fisicaII.htm)

Senge, Porter, Kaplan, Norton, Piaget et alli1

No livro A Estratégia em Ação, mais especificamente no capítulo 11, Kaplan e Norton falam sobre o processo de “aprendizado estratégico”. De que adianta você definir uma estratégia e colocá-la em
prática se não puder aprender com ela? É como eu digo: Nossa vida é um eterno aprendizado.

Dito isto, quero recomendar o artigo O Processo de Gestão Estratégica como processo de aprendizado, esse artigo tem 12 páginas e foi escrito por Saulo Bonassi, ele é gerente na Symnetics (consultoria de Gestão Estratégica).


No artigo o autor fala sobre as dificuldades de se implantar um ciclo de aprendizado estratégico na
organização e também sobre a importância de se estabelecê-lo. Ele defende a idéia da aprendizagem em circuito duplo, desenvolvida por Chris Argyris (1977).

Algo que achei muito interessante no artigo é que o autor se baseia em autores de Estratégia (Porter, Kaplan, Norton, Mintzberg), Aprendizagem Organizacional (Senge e Argyris) e Pedagogia (Piaget), isso caracteriza a interdisciplinariedade2 do tema.

Para quem desejar acessar o artigo basta clicar AQUI.

Notas:

1 - Et al ou et all? Nenhum dos dois. Essa expressão vem do latim e é, na verdade, et alli, significando "e outros". Em português, normalmente não se abrevia a expressão (o que é comum em inglês, com o et al. - por isso, nesse caso, o ponto é obrigatório). Informação retirada do site: http://homepages.dcc.ufmg.br/~dorgival/misc/recomendacoes.html

2 – Não sei se essa palavra existe, mas minha intenção é remeter ao termo "interdisciplinar".


É isso aí pessoal! Comentários são muito bem vindos!

Um abraço,

Alessandro.

sábado, junho 17, 2006

Gestão Estratégica é questão de tecnologia

“Não só existe uma demanda das organizações por profissionais com foco em gestão da estratégia, como eles mesmos passam a buscar formação para se aprimorar na questão.”

A frase acima foi dita por Fanny Schwarz, ela é country manager da Symnetics, uma das maiores consultorias de gestão estratégica do Brasil. A frase faz parte de um artigo publicado na página 38 da edição 158 da revista InformationWeek.

O artigo fala do aumento da importância da TI na implementação de estratégias, e consequentemente da necessidade da capacitação dos CIOs nessa área de gestão.

Eu particularmente amplio a necessidade de se conhecer o mínimo da estratégia da organização para todos os colaboradores da empresa, penso dessa forma pelos seguintes motivos:

1. O colaborador vai entender o seu papel na execução da estratégia;
2. O colaborador vai entender o seu papel na missão da empresa;
3. O colaborador poderá ajudar na revisão da estratégia.

Os dois primeiros itens estão fortemente ligados a motivação do colaborador, entendendo sua importância dentro da empresa, conhecendo o propósito do seu trabalho e sua participação no "todo" ele vai trabalhar melhor.

Para variar, minha opinião está muito clara nesse texto. Se desejarem ler o artigo publicado pela InformationWeek acessem:

http://www.symnetics.com.br/documentos/clipping/13_2006-04-28_Information_Week.pdf

Um abraço,

Alessandro.

Inovação do Valor: Rompendo com os alicerces na gestão estratégica

Boa noite a todos,

Quem me conhece sabe que tenho grande interesse pelo tema Gestão Estratégica, mais especificamente o Balanced Scorecard tem sido tema dos meus estudos em algumas horas vagas.

Seguindo a linha da Gestão Estratégica, recentemente li um artigo de 4 páginas intitulado Inovação do Valor: Rompendo com os alicerces na gestão estratégica. Esse artigo foi escrito por Marcelo Fernandes, consultor da Symnetics.

Quem leu o livro A Estratégia do Oceano Azul, de W. Chan Kim e Renée Mauborgne, vai aproveitar melhor as idéias defendidas pelo autor, mas isso não é pré-requisito. Marcelo Fernandes faz uma comparação entre a inovação do valor defendida no livro e a agregação de valor defendida por Michael Porter.

As diferenças ficam bem claras ao compararmos os dois conceitos, a Inovação de Valor acontece quando um novo mercado é criado, tornando a concorrência totalmente irrelevante (é aí que a empresa entra no Oceano Azul), um dos exemplos citado no livro é o Cirque du Soleil (que estará no Brasil entre agosto e outubro). Porter defende a idéia de que a empresa deve agregar o máximo de valor ao produto de modo que fique sempre a frente da concorrência, ou seja, esse é o Oceano Vermelho.

Mas o fato é que a empresa não estará sempre em um Oceano Azul! Por mais “inovadora de valor” que ela seja, sempre terá de lidar com os concorrentes que entrarão, na melhor das hipóteses, no mercado criado por ela. Não tem jeito, se a empresa quer mesmo ser (mais) competitiva deverá ter habilidade para navegar nos dois oceanos.

Mas, dito isto, a estratégia concebida deve ser pensada fora das fronteiras atuais, de modo que cada vez mais Oceanos Azuis sejam criados.

Minha opinião está fortemente expressa nesse texto, mas se desejarem ler o artigo do Marcelo Fernandes poderão acessá-lo através do link:

http://www.symnetics.com.br/documentos/news/25_Inovacao_do_Valor.pdf

É isso aí pessoal! Fiquem a vontade para comentar!

Um abraço e bom domingo para todos!

Alessandro.

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