domingo, maio 11, 2008

[Palestra] A Estratégia do Oceano Azul

Olá, pessoal!

Desde dezembro de 2006, quando publiquei o texto sobre o livro A Estratégia do Oceano Azul, muitas pessoas chegaram aqui no Buteco através de pesquisas sobre o assunto.

Devido a grande procura pelo tema, achei interessante preparar uma apresentação. Ontem (sábado, 10/05) aconteceu no Centro Universitário FIEO a 1º ediçao da palestra "A Estratégia do Oceano Azul". O objetivo do evento foi:

  • Apresentar o conceito de “Inovação de Valor” e como ele pode colaborar para que a empresa evite o modelo de concorrência tradicional, criando “oceanos azuis”.

Dos 14 inscritos, 10 estiveram presentes. O público foi bem heterôgeo, entre os participantes tínhamos pessoas formadas em administração, turismo, marketing e sistemas de informação, além de estudantes de biologia e história.

Em 01:30 de apresentação discutimos os conceitos apresentados no livro, além de analisar alguns cases. Os participantes também compartilharam suas opiniões e experiências.

Considerando o resultado da avaliação do evento, já estou estruturando a próxima edição. A idéia é que a palestra tenha duração de, pelo menos, 02:30 (a maioria comentou que o tempo foi curto), dessa forma, será possível se aprofundar nas ferramentas e cases.

Segue resultado da avaliação:

Vale a pena dar uma olhada nos textos relacionados:

Agradeço pela participação de todos! A apresentação já está disponível na seção de downloads do Buteco.

Muito obrigado!

Um abraço,
Alessandro.

[Observação] Agradeço ao meu amigo Vagner pela ajuda na transição dos slides.

quinta-feira, maio 08, 2008

[Workshop] O modelo mps.Br

Olá, pessoal!

No último sábado (03/05) aconteceu no Centro Universitário FIEO o workshop "O modelo mps.Br".

Os objetivos do evento foram os seguintes:

  • Apresentar o modelo mps.Br e como ele pode colaborar com a melhoria dos processos de software em nossas empresas;
  • Compartilhar experiências na definição de processos para empresas de software.

Mais de 20 pessoas se inscreveram, mas somente 14 estiveram presentes. Acredito que muitos foram viajar, aproveitando o final de semana prolongado.

Assim como nos outros eventos, tivemos muitas discussões interessantes. Alguns participantes compartilharam suas experiências em projetos de software. A cada dia, tem ficado clara a necessidade de questionarmos "Como estão nossos projetos?" (parte 1 e parte 2) e, ao invés de debater qual é a "melhor metodologia", buscarmos soluções que mudem a situação caótica enfrentada por boa parte das empresas (acredito que também vale a pena olhar o artigo TI Radicalmente Simples!).

Segue resultado da tabulação das avaliações:

Agradeço pela participação de todos! As experiências compartilhadas por vocês enriqueceram o evento! A apresentação está disponível na seção de downloads do Buteco.

Muito obrigado.

Um abraço,
Alessandro.

[Observação 01] Agradeço meu amigo Alexandre pela grande ajuda na transição dos slides.

[Observação 02] Em tempo, compartilho o resultado da avaliação da 2º edição do workshop Conhecendo o CMMI (realizado em 15 de março):

domingo, março 23, 2008

TI radicalmente simples!

Olá, pessoal!

A frase acima é o título de um artigo publicado na edição de março da revista Harvard Business Review (o ponto de exclamação foi por minha conta). O artigo conta a experiência do banco japonês Shinsei na modernização dos seus sistemas para prestar novos serviços aos seus clientes.

Os autores David M. Upton e Bradley R. Staats falaram como o pessoal do Shinsei fez para fugir das "armadilhas" que normalmente envolvem grandes projetos de TI. Lá eles utilizaram uma abordagem conhecida como "path-based", esta abordagem foi composta pelas seguintes premissas:

  • Estratégia de negócios e TI devem ser concebidas conjuntamente: A área de TI não pode ser enxergada somente como "suporte", por isso, a idéia é que o CIO se reporte ao presidente ou diretor de operações da empresa. Desta forma, o negócio poderá utilizar todo potencial que a tecnologia da informação pode oferecer;
  • Simplicidade extrema é a meta: Trabalhar com o menor número possível de padrões é regra, assim será possível desenvolver soluções mais simples. Além disso, os componentes devem ser reutilizáveis. O pessoal do Shinsei levou isto tão a sério que "(...) 90% dos componentes da
    tecnologia do banco são utilizados em mais de um lugar.";

  • Usuários com (certo) poder: "Muitos dos problemas em grandes projetos de TI resultam da resistência organizacional (...)", por isso os autores sugerem que os novos sistemas sejam desenvolvidos e "publicados" aceitos de livre e espontânea vontade por todos. Além disso, os usuários devem ser "ouvidos" e a melhoria contínua do sistema deve fazer parte da rotina.

Agora vocês podem perguntar: "Tá, mas o que tem de extraordinário em tudo isso?". E minha resposta é: NADA!

É justamente por isso que o artigo me chamou a atenção. Conforme proposto no título, grandes problemas foram resolvidos com passos muitos simples. E o mais importante é que o problema foi resolvido, independente da solução ser simples ou complexa (lembrem-se que "o cliente quer o furo, não a furadeira!"). Já falei sobre isso nos textos Como estão nossos projetos? e Como estão nossos projetos? (Parte II).

Conclusão

A melhor solução é aquela que resolve o problema do seu cliente. Vale comentar que a palavra "resolver" deve ser interpretada no sentido amplo, a solução não pode ser somente imediata, mas sustentável.

Muito obrigado!

Um abraço,
Alessandro.

Observações:

domingo, março 16, 2008

Workshop "Conhecendo o CMMI" (2º Edição)

Olá, pessoal!

Ontem (15/03) realizamos no Centro Universitário FIEO (Osasco, SP) a 2º Edição do Workshop "Conhecendo o CMMI" (a primeira edição ocorreu no mês de setembro). Dos 31 inscritos, 26 estiveram presentes no evento (no primeiro evento tivemos 14 participantes).

Um dos pontos altos da apresentação foram os questionamentos de alguns participantes sobre a postura das organizações que buscam a "certificação CMMI" somente para ter a placa na parede, mantendo um ambiente de desenvolvimento de software totalmente caótico e sem controle sobre os projetos. Inclusive, um dos colegas compartilhou as dificuldades enfrentadas pela sua empresa ao comprar serviços de uma organização "CMMI Nível 5".

A apresentação já está disponível na área de downloads do Buteco.

Muito obrigado!

Um abraço,
Alessandro.

[Observação] Agradeço ao meu amigo Vagner pela grande ajuda na transição dos slides.

domingo, março 02, 2008

Como estão nossos projetos?
Parte II

Olá, pessoal!

Sugiro que todos leiam no BLOG do Paulo Vasconcellos os comentários que ele fez sobre o estudo Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos Brasil 2007. Seu texto complementa muito bem o que colocamos no texto anterior.

Um dos pontos que ele cita é a questão do alinhamento estratégico dos projetos. O estudo mostra que o alinhamento dos projetos à estratégia da organização é algo que deve ser melhorado (e muito!):

"(...)18% das empresas pesquisadas dizem ter seus projetos "sempre alinhados ao planejamento estratégico da organização". Outras 48% juram que "quase sempre" se alinham - mas têm "genuína preocupação" com isso. Deu 66%, certo?" (trecho extraído do BLOG do Paulo Vasconcellos)

O fato é que a estratégia, por si só, é um "problema" dentro de muitas empresas. Desconheço um estudo que mostre como ela é tratada, mas observo que em algumas organizações a estratégia é "chutar a bola e sair correndo".

Ou seja, como os projetos podem ser alinhados com uma estratégia que não existe (ou só consta no papel)? Pois é... É em ambientes como esse que a gente observa uma série de iniciativas e projetos totalmente sem propósito, mas este é um outro assunto.

Os comentários deixados no post também foram muito interessantes! Mas quero destacar o comentário da Tânia Leal, onde ela fala sobre a importância das pessoas no sucesso dos projetos:

"O que é mais importante em tudo isto, é ver o quanto profissionais como você e outros no ercado estão envolvidos nos projetos de melhores práticas de Gestão. Isto é sadio e importante ara a mudança futura que você propos e seus colegas concordaram. O que ainda tenho insistido com alunos e pessoas que trabalham comigo, é que independente do método, tudo é executado or pessoas, e pessoas são 80% do resultado de um projeto, então, qualquer que seja a metodologia tilizada, nunca devemos esquecer a razão do sucesso da aplicabilidade dos métodos: as PESSOAS (que fazem e os clientes). Com a mente aberta, com certeza os profissionais podem assimilar o que há de melhor nos vários métodos, sem ficar "engessado" em uma única forma de condução. (...)"

Com certeza, o fator humano é o item mais importante para o sucesso de qualquer projeto! Processos e tecnologia devem atuar como ferramentas para ampliar o potencial de cada um.

Muito obrigado.

Um abraço,
Alessandro.

chutar a bola e sair correndo: Frase utilizada pelo meu colega Wlamir Lázaro.

domingo, fevereiro 17, 2008

Pessoal,

Boa tarde!

No dia 15 de março (sábado), das 13:00 ás 16:00, acontecerá a 2º edição do workshop "Conhecendo o CMMI". A 1º edição do evento aconteceu no dia 15 de setembro e tivemos 14 participantes, mais informações (além da apresentação) estão disponíveis para download aqui.

Estou fazendo algumas alterações na apresentação, com base nos feedbacks dos participantes do primeiro evento, mas o objetivo continua o mesmo:

Apresentar de uma forma prática e divertida o modelo CMMI, seus benefícios e alguns cases. Além disso, também vamos questionar alguns mitos e compartilhar alguns "axiomas".

O evento custa R$ 15,00 e será realizado no Centro Universitário FIEO (Osasco, SP). As inscrições devem ser feitas no site da faculdade:

http://www.unifieo.br/extensao/

Por favor, divulguem o evento entre seus amigos e colegas!

Muito obrigado!

Um abraço,
Alessandro.

OBS.: Por favor, entrem em contato comigo caso enfrentem dificuldades no processo de inscrição.

terça-feira, fevereiro 05, 2008

Como estão nossos projetos?

Olá, pessoal!

No início de janeiro os capítulos brasileiros do PMI (Project Management Institute) publicaram o Estudo de Benchmarking em Gerenciamento de Projetos Brasil 2007, ele está disponível para download no endereço http://www.pmi.org.br/ (clique na opção Benchmarking GP). Os resultados foram disponibilizados em três arquivos:

  • Relatorio Final - Estudo de Benchmarking em GP 2007 - Versao Final - Perspectiva Geral.pdf;
  • Relatorio Final - Estudo de Benchmarking em GP 2007 - Versao Final - Anexo 1 - Perspectiva por Setor.pdf;
  • Relatorio Final - Estudo de Benchmarking em GP 2007 - Versao Final - Anexo 2 - Perspectiva por Porte de Projeto.pdf.

O primeiro arquivo considera todas as organizações, sendo que os anexos 1 e 2 são agrupamentos por setor e porte de projeto, respectivamente.

Apesar da aparente melhora - em alguns pontos - com relação a 2006, os resultados geram preocupação:

  • 60% das organizações apresentam algum tipo de resistência ao gerenciamento de projeto(página 33*);
  • Somente 6% das organizações sempre percebem o alcance dos objetivos de negócio através do gerenciamento de projetos (página 108*);
  • 78% das organizações costumam ter problemas no cumprimento dos prazos (página 109*);
  • 64% das organizações costumam ter problemas no cumprimento dos custos (página 110*);
  • Somente 29% das organizações não apresentam desvio relevante no orçamento dos seus projetos (página 113*).

* - Relatorio Final - Estudo de Benchmarking em GP 2007 - Versao Final - Perspectiva Geral.pdf

Ainda no mês de janeiro, a TI Inside, B2B Magazine e ComputerWorld (além de outros sites) falaram sobre o resultado de uma pesquisa publicada pela TCS (Tata Consultancy Services). Segundo a pesquisa, 1 em cada 3 projetos de TI não atinge as expectativas dos contratantes. Os problemas mais comuns que foram levantados são:

  • Entrega fora do prazo: 62%;
  • Problemas no orçamento: 49%;
  • Manutenção e custo acima da expectativa: 47%.

O Brasil não fez parte do estudo solicitado pela TCS, mesmo assim, a conclusão não é diferente da que temos ao observar a pesquisa publicada pelos capítulos brasileiros do PMI: É preciso fazer algo!

O cliente quer o furo, não a furadeira!

Mesmo considerando o cenário apresentado pelas pesquisas, é interessante observar em boa parte dos fóruns que participo que algumas discussões são focadas em mostrar o quanto o modelo X é melhor que a metodologia Y, ou então o quanto o BoK (Body of Knowledge) XPTO é ruim se comparado com as práticas OTPX - tudo bem que muitas vezes o pessoal tenta comparar mexerica com melão. Um exemplo das grandes "guerras" que surgem de vez em quando é o debate "CMMI x Agile".

Acredito que as comparações são saudáveis, mas elas precisam ser feitas de uma forma diferente. Seria muito legal se o foco fosse "Até que ponto vale a pena utilizar a metodologia X?", ou então "Para quais tipos de projetos posso aplicar as práticas Y?".

Seria ótimo se as discussões fossem consolidadas ao ponto de concordarmos em um diagnóstico padrão para saber qual metodologia ou conjunto de práticas adotar em determinados tipos de projetos ou organizações.

Precisamos parar de chegar no cliente com o remédio pronto, sem ter o diagnóstico na mão. Precisamos deixar de lado o idealismo e vender soluções, afinal de contas, como diria o saudoso Theodore Levitt, "People don’t want to buy a quarter-inch drill. They want a quarter-inch hole!".

Conclusão

Acredito que a solução ideal muitas vezes é composta pela mistura de uma série de práticas e / ou metodologias. Por isso, precisamos ser "hereges" e deixar de lado o idealismo, dessa forma, os resultados das próximas pesquisas com nossos clientes podem ser mais animadores.

O que vocês acham?

Muito obrigado!

Um abraço,
Alessandro.

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